Em uma grande árvore repleta de vidas e verdes, haviam dois pequenos casulos. Casulos que agora abrigavam seres inimagináveis a seus próprios olhos. Seres que outrora se afastavam agora estavam ali, simplesmente parados. Guardados por uma camada fria e seca, desprovidos de luz, nem ao menos sabiam o que estava acontecendo.
Os outros insetos que moravam ali, passavam e comentavam sobre os casulos. Alguns diziam que estavam mortos, outros que virariam algo melhor, outros ainda que iriam ficar apenas uns tempos sair e continuariam as mesmas coisas.
Um casulo queria logo sair, sentia uma vontade incompreensível de voar, apesar de nunca te-lo feito.
Enquanto o outro queria ficar dentro do casulo, com medo do futuro.
Ambos ouviam os comentários, ambos tinham o medo em si, a dúvida.
Então o dia chegou, os casulos começaram a se abrir, eles começaram a ver a luz.
O primeiro inseto foi se movendo, sentindo a brisa, ouvindo o vento lhe chamando, segundo nem se movia.
O lacre que prendia a vida deles agora estava por um fio e eles podiam sentir o novo chegando.
Os casulos se abriram no mesmo instante, de repente o primeiro caiu e abriu suas assas confiando em seu coração e subiu em um maravilhoso vôo.
Ele subiu e olhou para seu casulo vazio e o outro casulo já aberto com a linda borboleta pendurada firmemente enrolada em suas assas, segurando-se com medo do novo.
Sempre sabemos o que somos e o que queremos, basta seguir o coração, por mas que seja difícil.