terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Meus fantasmas e erros...

Tenho saudade do tempo em que minhas noites existiam para serem dormidas, para descansar. Infelizmente esses tempos passaram rápidos demais, meu temores, fantasmas e delitos chegaram cedo, invadiram meu quarto depois das 23 horas, e não importa onde esteja, quantas casas diferentes eu more, eles sempre me acompanham, sempre ali embaixo dá cama, esperando a luz do quarto ser apagada, e o silêncio mórbido da noite vir assombrar.
Eles sempre estão ali, todos os dias, uns dias menos que os outros, hoje por exemplo sei que se a noite durasse 24 horas eles ficariam comigo.
Me infernizando, me dizendo e jogando fatos, e memórias de como sou idiota e errônea, o quanto posso ser "demasiada humano" como diria Nietzche.
Invejo-o porque ele sabia lidar melhor com os deles do que eu com os meus, talvez nem tanto quanto ele dissesse, o que me dá um certo conforto, pois ambos parecem fortes e convictos com nossas filosofias, porém a verdade vai bem além do que passamos ser, as máscaras caem com a noite, a dor fica clara no escuro. Os gritos dos fantasmas são amedrontadores, fantasmas que eu criei, fantasmas que eu não sei como destruir, eu os criei e agora só queria que eles saíssem de minha mente e desaparecessem.
Eh tão dolorido conviver com eles, a garota forte se rende aos grilhões dá fragilidade e aos meus erros mais obscuros. Por tempos consigo enterrá-los em minha mente vasta de cadeias mentais, porém nenhum prisioneiro pode ficar preso por tanto tempo sem se rebelar, sem bater na grade e gritar por atenção, não há como fazê-los calar.
Hoje eles estão todos aqui, cada prisioneiro, cada erro, cada pedaço de mim que um dia eu matei. Todos me mostrando que eu posso guardá-los mas não doma-los. Porque posso esconder de todos menos de mim mesmas, eu sou o réu, o advogado, o jure, o juiz e o carcereiro.
Eu só queria me libertar deles, mais acho que nem a melhor terapeuta pode me ajudar. Eu queria muito porque eles não assombram apenas a mim, envolve mais, envolvem inocentes que não devem pagar por meus erros.
Sempre pensei que viver me inventando e deixando o passado escondido na frágil camada de pele me protegeria, no entanto estava errada, não aceitei minha verdade, mais o que fazer quando a verdade machuca, assombra, doi. As mentiras que me contei para me proteger deixam brechas para que eles arranhem a pele.
E saber que além de machucaram a mim, machucam você também, faz-me sentir ainda mais desprezível.

"Comigo me desavim, sou posto em todo perigo
Não posso viver comigo,
Nem posso fugir de mim..."

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